Um segundo por dia da viagem, em vídeo

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Nós mal voltamos pro Brasil e não paramos enquanto não terminássemos um projeto pessoal que durou toda a volta ao mundo: gravar um segundo significativo a cada dia de viagem, pra montar um vídeo de tudo isso junto. Ainda vamos organizar nossos backups e todas as fotos que tiramos na viagem inteira, mas enquanto isso aproveite pra ter uma idéia do que vimos! O vídeo tem legenda em português e inglês no Youtube, se liga:

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Passeios nerds no Vale do Silício

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Quando nós vimos em São Francisco a Carol e o Faw, também de Curitiba e morando nos EUA, fizeram um convite irrecusável pra gente: visitar a região de Menlo Park e as empresas do Vale do Silício. Trabalhando com computação desde sempre, tentei segurar o sorrisão pela oportunidade! Não só ganharíamos um lugar ótimo pra ficar, como teríamos companhia brasileira pra passeios nerds e começar nossa reabilitação social pra volta pra casa.

De trem via Caltrain até o Vale do Silício, que na verdade é meio que uma definição bem superficial da região, fica por volta de 7 dólares por pessoa naqueles vagões duplo deck igual do filme Source Code, que tem um nome até sugestivo pro que iríamos fazer. Ficamos mesmo em Menlo Park onde eles moram virtualmente do lado do Facebook, de dar pra ir à pé, então começamos a visita pelos prédios deles.

Fizemos o mapa da RTW no The Wall original do Facebook :-)

Fizemos o mapa da RTW no The Wall original do Facebook :-)

Por dentro o Facebook parece uma mini cidade, e embora eu, Caio, use bem menos que a Dani o serviço deles, fiquei bastante impressionado pela parte física do lugar.

Jóia

Jóia

Tudo aberto, se anda à vontade lá dentro pelas ruas e calçadas da mini cidade, até passar em frente a mesa do Zuckerberg dá porque ele senta junto com a galera. Foi muito legal fazer esse tour com o Faw, principalmente por ver o que eles tem de Open Compute, com direito a ver as máquinas e racks abertos de exposição e onde trabalham… e claro, pelo sorvete grátis :-)

Afundou

Afundou

Por fora o Facebook tem um logo que é reaproveitado de um antigo da Sun que ficava ali. Por trás dá pra ver como tá decadente o logo da Sun, e querendo ou não passa uma mensagem até poderosa de que tudo vai a falência eventualmente. Foi interessante ver isso.

Tadã!

Tcharam!

Fomos também com a Carol dar um rolezinho, mas esse sem baderna, pelo Googleplex. O lugar é realmente enorme mas tem muita cara corporativa pela natureza dos prédios, que antigamente eram de empresas mais gravatas e foram sendo comprados e anexados ao campus deles.

As bicicletas do Googleplex são bonitinhas

As bicicletas do Googleplex são bonitinhas

Passamos pelo prédio onde fica o Google Plus, pra balancear a visita dentro do Facebook, sabe como é. Não entramos na lojinha deles porque não estávamos com um funcionário, o que pra mim é bizarro, mas como tem fama de careira não teve problema. A visita ao Googleplex foi bem diferente da visita que fizemos por dentro no Google na Suíça, lá foi mais nerd e por dentro, no Googleplex só foi por fora, mas foi bacana.

Escultura do T-Rex que tem no campus do Google

Escultura do T-Rex que tem no campus do Google

Aproveitamos o embalo que tínhamos pra ir pro Texas visitar a NASA e paramos no Ames, um centro de pesquisa deles no Vale do Silício. Pesquisam de tudo lá hoje em dia, mas só se pode entrar num galpão museu que eles tem. De fora dá pra ver até mais coisas, como o túnel de vento ridiculamente grande que já foi o carro-chefe do centro, e o hangar de balões igualmente enorme. O museu em si é bem pequeno mas muito bem organizado, afinal é da NASA. Tinha uma cabine simulando uma decolagem de um ônibus espacial onde você interagia reagindo a alarmes mexendo no painel! Tinha um simulador de sistemas solares pra você testar órbitas e vimos uma réplica de um módulo da ISS, com partes que já estiveram nela inclusive. Adoramos, é claro :-)

Cabine simulando lançamento de ônibus espacial no Ames

Cabine simulando lançamento de ônibus espacial no Ames

Estando no Vale do Silício e aproveitando ainda a companhia, não tínhamos como não ir no Museu da História da Computação que vale muito a pena. É foda mesmo. Eles tem unidades físicas de tudo o que se pode imaginar, e embora nem todas sejam funcionais e não pudesse encostar nelas, é uma baita sorte poder ver tudo aquilo. Demos sorte mesmo pela visita guiada que tava começando bem quando chegamos, então os 15 dólares de entrada foram bem compensados! O senhor que era guia parece que viveu na região desde quando começou o boom tecnológico ali e manjava bastante até. Vimos no museu altos Cray, antigos e mais recentes, e a parte de supercomputação foi até surpreendente. A parte de jogos é muito legal, mas o Pong não era o original ;-)

Naturalmente, agora tem uma seção só de computação móvel, com os fracassados e os que vingaram, e como fizemos a rota invertida no museu indo da história recente até a mais antiga, eles foram os primeiros visitados e deu uma perspectiva legal de miniaturização ao chegar na parte de cálculo mecânico e maquinário antigo. E que lojinha era aquela que eles tem, cara! Cheia de tranqueiras nerds, antigas e novas, muito foda de resistir. Reserve um bom dinheiro se passar lá :-)

Antes de sairmos da Califórnia, afinal já estávamos ali há 10 dias, tínhamos que bater cartão nos pontos da Gordolândia do Silício também! A região merece tour gastronômico também, ora bolas. Os sanduíches do In & Out são super simples, mas adoramos, muito bons e baratos. Krispy Kreme é ultra gordo mas é complicadíssimo resistir ao cheiro dos donuts deles, assim como é difícil ir na The Cheesecake Factory e não sair de lá rolando. Pra padrões mochilatórios ela é cara, mas vale a pena demais. Numa noite fomos todos lá e não deu mais que 30 dólares por pessoa pra dividir uma entrada, prato, bebida e o cheesecake mais animal que se pode imaginar. Empanturrados, mas felizes, Vale do Silício foi da hora!

Meu safári linguístico por aí

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Como havia acabado de me formar quando começamos a volta ao mundo, eu estava bastante empolgado pelo que ouviria e veria relacionado a línguas viajando por aí — eu gosto de dizer por aí desse jeito. Naturalmente tinha uma boa dose de ingenuidade nisso, visto que passaríamos por lugares meio que conhecidos já, nada absurdamente exótico culturalmente, ou mesmo muito isolado, ou muito linguisticamente relevante hoje em dia. Contudo, consegui me divertir bastante reparando em detalhes no dia-a-dia e anotei tudo como recordação, abaixo. Claro, pra um linguista, simplesmente ter contato cotidiano por pouco tempo com uma língua não é suficiente… mas não dava tempo de estudar em nada nenhuma delas, é a vida. Me contentei com um safari por elas :-)

Linguistas, pessoas sérias

Linguistas, pessoas sérias

Viajamos por todos os continentes habitados, então era de se esperar ter contato com um número decente de línguas de famílias linguísticas diferentes. Se não me falha a memória, além de variantes européias e africanas do português, li e ouvi: um pouco de zulu, muito africâner e umas frases em xhosa; muito árabe egípcio, do qual até aprendi umas frases; grego; italiano; alemão e uma boa dose de alemão suíço; francês; espanhol em vários rebolados, língua basca e catalão; nepalês padrão e dialeto gurung em uns vilarejos e que não entendi muito, além de algumas coisas em línguas indianas que também não conheço, como hindi; muito tailandês gritado; malaio e a mistureba linguística que singapuranos falam; um pouco de vietnamita, que me pareceu bem suave; cambojano, ou língua khmer; maori, divertido nas ruas e na televisão; um pouquinho de japonês e coreano dos turistas e muito chinês mandarim e cantonês espalhado pelo mundo todo; inglês americano, britânico, irlandês, escocês, australiano, kiwi, sulafricano, singapurano e o pidgin, ufa, que todas as pessoas do mundo tentam falar de vez em quando!

Uma coisa é ler sobre uma língua qualquer, outra é ter a chance de ouví-las em uma viagem. Me diverti e matei muito tempo ouvindo pessoas conversando e tentando interpretar em símbolos fonéticos na minha cabeça o que elas estavam pronunciando. Devo ter ouvido outras línguas que não faço idéia em albergues e hospedagens por aí — falei que gostava de dizer por aí — e tentava sempre me entreter tentando adivinhar da onde a pessoa era. Se não soubesse identificar por nome a língua com alguma precisão, tentava adivinhar a região linguística onde a pessoa cresceu. E como a Dani sempre tava me perguntando qual língua alguém tava falando, por curiosidade ou estranhamento, então isso era também um tipo de “desafio ao galo” heheh.

Saber que alguém era do leste europeu ou do norte da europa era fácil até sem olhar pra pessoa, o que estragaria a brincadeira entregando na hora da onde ela era. Fiquei verdadeiramente satisfeito e com o ego massageado quando uma moça francesa que acabara de conhecer ficou impressionada por eu notar que ela era de Paris e não do sul da França, onde estávamos, mas na hora pareceu simples! Além disso, chegou uma hora na viagem que notar a diferença entre tailandês, chinês, coreano e japonês ficou trivial até, por tanto contato que tivemos com asiáticos :-)

Outra coisa muito legal e interessante foi ver e cof cof ler cof cof tudo com alfabetos alienígenas pra um brasileiro. Como muitas línguas usam alfabeto latinizado, isso não teve tanta graça em boa parte da viagem. Mas até aprendi a ler números em árabe, que parece difícil falando assim mas é mais simples do que se imagina, alguns números são até óbvios, e é bastante prático no dia-a-dia pelo oriente médio pra conferir preços, bilhetes etc. Cirílico até vimos em albergues e casas onde ficamos, mas foi praticamente um pouquinho ali, um pouquinho acolá, irrelevante.

Alfabeto grego foi outro que rendeu também, a Dani não entendia como eu sabia ler ele, mas era uma manha. O fato é que eu não sabia lê-lo mesmo e acabou, o que eu sabia era pra onde eu queria ir e os nomes dos pontos de referências nas cidades, então era só traduzir as letras deles pro som que eu conheço, arrendondar uns chutes do que é o que e pronto, truque barato mas eficiente pra impressionar as gatinhas na festa de fim de ano e de quebra não se perder pela Grécia!

Nepalês e línguas indianas pra mim ainda são um mistério, mas como me interesso pouco por elas nem fui muito atrás. Agora, línguas do sudeste asiático acabarem sendo legais porque as sutilezas e diferenças delas são bacanas de notar. Acho, mas sem muita certeza, que consigo dizer se um texto tá em tailandês ou cambojano só de bater o olho nele agora. Talvez eu perca esse super poder em breve, sem praticá-lo. Diferenciar japonês, chinês e coreano não conta porque é bastante fácil se você usar um pouco de observação. Difícil mesmo é entender aquilo :-)

Uma coisa engraçada em relação a entender o que tão falando é que tão logo notamos que muitas palavras soam como universais, a Dani e eu, Caio, começamos a falar em voltas. Explico. Você não pode simplesmente chegar num albergue e falar que um americano parece idiota por estar comendo sopa. American. Idiot. Soup. Ele vai entender. O exemplo é tosco mas é só pra explicar a idéia. Então, no lugar, você diz que tal gringo é besta ou bobo por estar comendo aquele caldo ou ensopado. Coisas assim, ou então apelávamos pra encavalar todas as palavras da frase e sem falar muito alto. Acredite, se bobear as pessoas entendem que você tá falando delas mesmo sem conhecer sua língua. Às vezes é meio constrangedor elas te olharem feio e você demorar uns segundos pra perceber a cagada.

Chegou uma hora em que só falávamos assim, com frases com o dobro do comprimento pra dizer “aquele cara do país onde fizemos tal coisa” porque o nome do país é óbvio demais em todas as línguas que encontramos, como, sei lá, França, ou Austrália. É como quando diziam algo sobre nós, brasileiros. Brasil é um termo quase intraduzível, acho que só orientais tem termo próprio pra gente, então é fácil saber e reparar quando tão falando algo de você e pegar a pessoa no flagra.

Pessoas monolíngues não sabem o que estão perdendo. É uma lástima enorme se você só fala uma língua, como a maioria absoluta dos brasileiros. O mundo não é nem nunca foi monolíngue, e nem será. Nunca vou entender esse orgulho idiota, nacionalista até, que os brasileiros tem em não saber ou mesmo querer aprender outras línguas. Tudo bem, o Brasil é enorme e auto-suficiente em questão cultural e linguística, as pessoas não precisam aprender outras línguas de fato a não ser por pressão econômica hoje em dia. O problema é esse não querer, que é atitude padrão. É totalmente limitante pra um povo, até fisiologicamente pra um indivíduo.

Por falar só inglês e entender um pouco de outras línguas (como espanhol que aprendi suficiente pra conversar e italiano, que pra surpresa da Dani até hoje não faço idéia como compreendia as pessoas falando na rua sendo que nunca o estudei [talvez resultado de ter estudado latim um pouco {ou foram os genes da família falando}, sei lá]) ainda me sinto envergonhado viajando. Eu devia falar outras línguas. Pelo menos outras duas! Quanto melhor os binóculos melhor o safári! Sacou a piada? Imagine falar somente português e mais nada, e perder tudo o que tem aí fora… e ainda ter orgulho da própria estupidez…

Um nerd no mundo: infraestrutura da viagem

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Antes de começar a ler esse post (terrivelmente longo!), saiba que muito do que vou falar pode parecer outra língua ou bizarrices que nunca ouviu falar. Sabe como é. Afinal, se você clicou pra ler o post é porque se interessa minimamente pela parte técnica de uma viagem RTW: como diabos farão com eletrônicos, dados, mídias etc em todo canto do mundo?

Senta aí e leia o retorno do investimento da Dani em casar com um nerd.

office-space-photo

Setup RTW

Abaixo segue anotações do que eu fazia questão de fazer pra viagem, e o que acabei utilizando, como, onde e tal. Claro, algumas coisas eram dispensáveis, outras poderiam ser mais simples, mas…

Notebook: vamos usar o netbook HP Mini da Dani, ele é velhinho (2 anos) mas quebrará um galho porque não é grande como um notebook, tem 10 polegadas e pesa só 1.5 kilos. Não é muito poderoso, mas desde que a bateria ou recarregador não peça água durante a viagem estaremos bem.

Linux: matei o Windows que tinha na máquina e botei um Debian versão Wheezy (explicitamente configurada, porque acho que sairá oficialmente durante a viagem e posso querer alguma atualização de segurança quando tiver banda disponível). Testei o Gnome, Cinnamon e o Mate como desktops. XFCE eu já dava ok prévio então ficou como fallback deles. Gnome infelizmente fica inviável, a Dani não ia se acostumar e tem firulas demais (i.e. fica lento). O mesmo serve pro Cinnamon, que é mais enxuto mas ainda tem firulas e efeitos que não precisamos. Sobrou o Mate, que é um Gnome mais antigo mas mantido direito. Tem cara de Windows pra Dani e é estável. Plin plin! Salvei o get-selections do dpkg pro caso de algum desastre.

Backups: minha maior preocupação desde o primeiro dia de planejamento. Sou paranóico desde que perdi arquivos anos atrás com um disco que morreu. Parte da minha paranóia eu resolvi me desapegando mesmo, a outra parte resolvi com múltiplas cópias de coisas importantes. Entre todas as idéias que tive acabei ficando com usar o Unison, um programa bem legal, com linha de comando e interface, pra sincronizar arquivos entre pontas (remotas ou não). Basicamente usa rsync por baixo, e é bem espertinho, a criação de profiles é bastante simples e a documentação decente. Por baixo usarei EXT4 com sync e outros ajustes de tune2fs e montagem. Uma regra de udev detecta se algum disco foi plugado e abre o Unison pro sync manual (pra evitar merdas), além de um cronjob me lembrando pra rodar ele de tempos em tempos. Um outro comando, manual, dá um start com nohup em um upload pro Glacier da Amazon, sempre que eu sentir necessário.

Hosting: nenhuma novidade aqui, continuo com o Dreamhost desde 2004, acho, ou 2005. Disco e banda ilimitados, sem muitas perguntas e com histórico de suporte bom. É onde o site e tudo o que eu tenho está hospedado e onde botarei uma das cópias dos backups.

Storage: fazendo uma conta de padaria rápida, cheguei ao número de mil fotos por mês na viagem. Parece muito ou pouco? Acho muito até. Minha teoria é que em viagens curtas você abusa mais, bate mais fotos, leva mais roupas. Aproveita de forma mais intensa. Na RTW é o contrário, não queremos tirar foto de qualquer merda, vamos aproveitar, sem ficar carregando tralhas em qualquer caminhada. Mesmo assim, pensei em usar um storage em nuvem, Amazon Glacier, pra ser mais uma cópia do que estiver no Dreamhost: backup do backup. Por enquanto estou investigando os preços e fazendo testes. O que é certo é que usarei o Unison pra sincronizar o netbook com um WD My Passport de 1 tera (mais proteção rugged, o WD Nomad) e esporadicamente com o Dreamhost um pendrive de 64GB bem pequeno que comprei já na viagem e sempre tá dentro do meu passaporte.

Eu ficaria puto se perdesse imagens da viagem. Mas eventualmente isso vai acontecer.

arnold_schwarzenegger_screaming_kindergarten_cop

Plugins: tentei ao máximo não carregar o WordPress do site com muitos plugins, mas ficou difícil usar menos que esses. AddThis Social Bookmarking Widget: poderia usar os códigos e botar manualmente, mas acho que não faria muita diferença, é pros botões de compartilhamento dos posts basicamente. Advanced Browser Check: pra dar um aviso pros que tão com IE não reclamarem de estar tudo feio no site. Disable WordPress [Core|Plugin|Theme] Updates: que habilito somente quando sai atualizações de segurança, pra evitar algo quebrar no site enquanto estamos sem internet e longe. Disqus Comment System: pra não me preocupar com spammers ou moderação nem login das pessoas, podem comentar a vontade por redes sociais que tá beleza. Header Slideshow: que pretendo integrar com código meu depois direto no tema do site, pra ter os slides de imagens no topo das páginas, atrás do título do site. Leaflet Maps Marker: pra gerenciar os mapas da viagem e criar camadas de sobreposição deles aqui. Online Backup for WordPress: o mais simples e funcional que achei, tem limitações (envio de backups por e-mail é tudo ou nada, blé) mas parece ok, espero não precisar usar. Q and A: pra manutenção do FAQ do site, o mais simples que achei. Shortcodes Pro: só pra poder ter aquelas caixinhas com nossos ícones no meio do texto um do outro, como comentários. Twitter Widget Pro: pra listar nossos posts no Twitter ali na lateral. WP Quadratum: pra ter um mapinha com os últimos checkins da Dani no Foursquare. Youtube Feeder: pra embutir os vídeos que acabarmos fazendo na viagem ali na lateral. Widgetize Pages Light: pra poder usar os widgets do Twitter, YoutTube e Foursquare dentro de páginas e posts, não só na lateral do site.

Temas: queríamos um tema que parecesse algo de bloco de anotações, guia de viagem, diário sei lá, algo assim. O melhorzinho foi o Notepad do Nick La, que até que é pequeno, sem muita coisa afrescalhada e fácil de editar. Em algumas páginas eu botei manualmente códigos pra redes sociais ou pra carregar a rádio do Grooveshark.

Controle de versão: todos nossos arquivos importantes ficarão em múltiplos backups, mas a estrutura do site, documentos nossos, nossas planilhas de controle de custos e planejamentos, bem como scripts que acabei fazendo pra X coisas, fica em um repositório Subversion também no Dreamhost, tudo versionado. Inclusive acabei até versionando os documentos do Pages com nossas propostas de patrocínio que fizemos. Sem isso acho que seria meio tenso e bagunçado organizar tudo, principalmente o site com tanta modificação que fiz manual em estilos e imagens. Isso junto com o get-selections do dpkg permitiria recuperar tudo caso precisássemos de um netbook novo no meio da viagem porque o nosso morreu.

Apps de celular: o fantástico Theodolite, um app qualquer de lanterna e outro de conversão de unidades, um app pra Twitter, Facebook e Google Plus, Skype e o app do WordPress pra emergências. Tô levando o 1SE que parece bem legal pra aproveitar na viagem, app do CouchSurfing e Hostel World, além do My World Weather (que falaremos melhor em outro post sobre previsão do tempo na viagem). Embora não pretendemos ficar online muito tempo, vou usar o Wi-Fi Finder da JiWire que tem banco de dados offline e o Free Zone pra, cof cof, bem emergências. Star Alliance Navigator e Star Alliance FareFinder por ser o consórcio que usaremos pra procurar passagens e ter milhagem. Também o AutoStitch, e claro, os básicos do Google pra sobreviver por aí, menos o Google Maps que além de ser online hoje em dia é super lento. No lugar tenho usado e gostado muito do Galileo que usa o OpenStreetMap por baixo.

Truques gerais: aliases de shell pra fazer sync com iPhone e Android de forma simples, aliases de shell pra atualizações do site, sistema e afins, chaves SSH, aplicativo pra editar vídeo, áudio e imagens, alertas pra backups de tempos em tempos etc. Parafernalia mesmo.

Firulas

Aqui vão algumas coisas que pesquisei e queria ter preparado a tempo, mas que não deu ou ainda estou investigando se vale a pena e como fazer direito num contexto com redes ruins em lugares com pouca infraestrutura ou simplesmente falta de saco :-)

Animoto: a idéia do Animoto ainda tô vendo se vale a pena, ele é um serviço de criação de vídeos online a partir de fotografias ou clipes curtos de vídeo que você já tenha em algum serviço a parte ou no computador. Pareceu uma forma bastante prática de criar vídeos no YouTube a partir de um punhado de fotos. Famílias e amigos iriam gostar e teríamos trabalho quase zero. Mas custa né… e acabamos desistindo e nem usando.

GPS (tracking): tentei comprar fora do país o Spot Satellite GPS Messenger, um tipo de tracker. A idéia inicial era eu ter feito um mini-app web que checaria um lock no servidor semanalmente, se eu não pingasse esse mini-app no tempo ele removeria o lock e dispararia um envio de e-mail, SMS e mensagens pra pessoas determinadas com nossa última localização etc etc etc. Comecei a fazer e fiquei com preguiça quando vi o Spot, que é um GPS pequeno, com alta duração de bateria (o que dura mais que eu vi na pesquisa toda), super simples, com integração com Google Maps num portal dele e com o mesmo suporte a “modo de emergência” que eu havia pensado. Pô, legal né? Seria muito, se tivesse conseguido comprar… no fim das contas fiquei sem as duas soluções, e que se dane se tivermos um acidente né… podem chorar a vontade porque fui pouco paranóico :-)

Segurança: dei uma pesquisada pra ver se não valeria a pena ter uma VPN sempre disponível no netbook, pra dar um senso maior de “liberdade” e poder sempre sair pra Internet como de um país só, não tendo problemas de coisas não abrindo ou funcionando. Inicialmente iríamos pra China, por isso a idéia, mas no fim não ia ser tão necessário e abortei, deixando somente um Tor com Privoxy no netbook pra quando fosse fazer algo além de simples navegação pra matar o tempo (já que via Tor tudo fica mais lento e nem sempre terei banda disponível).

Ufa! É isso. Meio exagero mas é isso. Acredito cegamente que metade disso é paranóia nerd, mas não pude evitar. Não pretendo transformar minha viagem na viagem dos outros, não tirarei tantas fotos ou ficarei no celular assim, mas quis pelo menos poder fazer isso, caso desejasse.