Mundo na Panela #5: ratatouille

Sem comentários

Chegando na França, pra fazer vocês ficarem com bafo de queijo azul uma semana! Pra gente fazer ratatouille não dá trabalho algum, muito pelo contrário. Já cozinhamos ratatouille em casa há anos e fazer agora pra relembrar nossa passagem pela França é mais uma desculpa pra comer bem. Na verdade comemos tanto ratatouille que praticamente é receita da casa já, mas vale entrar no Mundo na Panela :-)

Por quê?

Embora não tenhamos comido ratatouille em Nice (da onde o prato vem), comemos uma panelada deliciosa em Lormont no sudoeste da França feita por um francês que nos disse uma verdade a que temos que dar o braço a torcer: comida francesa é boa pelos ingredientes. Isso é essencial pra ratatouille, anota aí. Comer um ratatouille como o que comemos serviu de selo de autenticidade pras nossas receitas também. Já tentamos fazer no estilo do desenho animado, em camadas tipo confit byaldi e no forno, mas sempre preferimos rústico na panela. Algumas pessoas conhecem uma variação italiana, caponata, que é parecida. Pegue uma baguete bem feita com queijo roquefort e você nunca mais esquece desse prato estupidamente simples e banal, acredite.

DSC_3296

Ratatouille caseiro

Receita

  • 2 beringelas grandes
  • 2 abobrinhas
  • 4 tomates
  • 6 dentes de alho
  • 1 cebola grande
  • 6 ramos de tomilho
  • azeite, sal e pimenta do reino

Preparo

Sempre vai ter briga sobre se ratatouille é em camadas, picado, meio purê, em pedaços etc. Relaxa. Compre ingredientes bons, azeite decente e tal e finja que é um camponês das antigas que só quer comer legumes sossegado. Só lembre de comprar beringelas com poucas sementes, abobrinhas não muito grandes pra ficarem mordíveis e com pouca água, e que os tomates estejam bem maduros e o tomilho não desidratado.

Corte a cebola em pedaços pequenos e refogue com os alhos inteiros em uma porção caprichada de azeite. Deixe caramelizar. Depois junte os outros ingredientes: beringelas e abobrinhas em pedaços grandes (em fatias ou pedaços da largura de um dedão, vão reduzir de tamanho) e os tomates cortados em quatro partes cada. Tempere com sal e só um pouco de pimenta do reino. Refogue tudo com os tomilhos, sem quebrar os legumes, tampe e deixe sempre no fogo baixo. É pra cozinhar devagar quase no vapor dos líquidos dos próprios legumes. Adicione um pouco de água se sapecar o fundo da panela, mas normalmente solta bastante água já, mexa de vez em quando pra temperar. Fogo baixo até o final. Uns trinta minutos ou até que os legumes estejam todos macios começando a desmanchar. O caldo, se tiver algum, vai estar marrom e engrossado. Remova os ramos de tomilho antes de servir. Mande ver na baguete com roquefort por cima e tá pronto.

DSC_3283

Sem baguete e queijo azul não tem ratatouille!

Manha

Se achar legal, algumas pessoas botam pimentões amarelos ou vermelhos na receita, ou mesmo cogumelos paris grandes. Sim, pode usar gorgonzola no lugar do roquefort, dá praticamente na mesma se não for de marca barata com queijo salgado demais. Baguete boa é crocante por fora, macia por dentro e tem o comprimento de um braço. Isso não tem discussão. Tem quem prefira ratatouille mais como refogado e picado quase em purê, a gente prefere em pedaços que dão pra morder bem porém são macios, quase desmanchando. Seja feliz e coma ratatouille até explodir!

PS: não deixe de ver mais comilanças nossas nos outros posts Mundo na Panela!

Mundo na Panela #4: moussaka

Sem comentários

Receita diretamente da Grécia, a moussaka nos acompanhou a viagem toda porque passamos muita vontade de comê-la novamente e finalmente a preparamos. Ao contrário do que parece, moussaka não é a lasanha grega. Inclusive se disser isso pra um grego (como fizemos) vai acabar ouvindo desaforos (como ouvimos)…

Comer moussaka não é coisa do dia-a-dia na Grécia, eles comem mais salada e coisas saudáveis. Nesse sentido até que é meio como a lasanha, acho, então pode fazer pra se entupir. A receita é trabalhosa, mas compensa :-)

Por quê?

Quando chegamos em Ios, uma ilhazinha grega, não tínhamos muito dinheiro pra comer fora. Numa noite na volta pra nossa barraca, onde estávamos acampando, vimos uma placa de “moussaka 5 euros” em frente de um restaurante bem simples na borda de um penhasco. Falando assim parece coisa de filme, mas foi mesmo. Lá comemos a Moussaka do Seu Mario, uma moussaka pra todas as moussakas dominar! Comemos todos os dias lá porque era o mais barato, o mais gostoso, o mais local e legal. Seu Mario era o dono do lugar de oito mesas, o caixa carrancudo, o garçom que não falava inglês, o cozinheiro de mão cheia e o grego típico que conhecemos que fazia nossa alegria toda noite com uma comida de primeira na tigela de barro! Essa é a nossa tentativa de imitar em 100% a receita e preparo dele que vimos e comemos lá…

Isso, senhoras e senhores, é uma moussaka :-)

Isso, senhoras e senhores, é uma moussaka

Receita

Recheio:

  • 750g de carne moída
  • 2 colheres de chá de sal
  • 1 colher de chá de pimenta do reino
  • 1 colher de chá de canela em pó
  • 1 lata de tomates pelados ou em cubos
  • 4 dentes de alho
  • 3 beringelas médias pra grandes
  • 3 batatas média pra grandes
Molho béchamel:
  • 3 colheres de sopa de margarina
  • 3 colheres de sopa trigo
  • 500ml de leite
  • 3 xícaras de queijo parmesão ralado
  • 1 colher de chá de ervas
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 colher de chá de noz-moscada
  • 1 ovo

Preparo

Beringelas: corte as pontas das beringelas e fatie elas no sentido do comprimento com espessura de 1cm em cada lâmina dela. Se quiser, pode botar elas no forno com azeite, sal e pimenta até dourarem e murcharem (uns 30min em forno baixo) ou fritar com azeite, sal e pimenta numa frigideira (mas elas reterão mais líquido assim). A idéia é deixar as beringelas mais passadas e marrons, já temperadas. A gente fez metade delas no forno e metade na frigideira: as de forno podem ser feitas todas de uma vez, e mesmo mais finas ficam gostosas com alguns queimados da casca que nós preferimos.

Batatas: corte as batatas igual cortou as beringelas, o procedimento é o mesmo pra deixar elas marrons. A única coisa é que as batatas não podem ficar molengas nem muito macias. Elas tem que estar al dente e com até alguma crocância por fora, então talvez o ideal seja saltear bem elas na frigideira mesmo. Evite cozinhá-las antes achando que ajuda em alguma coisa. A diferença das batatas é que elas também tem que ficar sem líquido, mas não ressecadas, tem que dar pra sentir morder no prato pronto. Use azeite, sal e pimenta também.

Carne: refogue os alhos picados no azeite e quando dourarem um pouco misture a carne e separe bem os pedaços dela. Tampe pra acumular água e depois jogue o sal, a pimenta e a canela em pó e misture bem. Tampe de novo e deixe a água secar um pouco. Depois acrescente a lata de tomates pelados com eles bem picados e misture novamente bem. Faça tudo isso em fogo baixo pra cozinhar bem a carne e ela pegar o sabor de tudo. Tampe e deixe cozinhando ainda no fogo baixo até ela estar bem macia e suculenta, aumente então o fogo pra secar o líquido até ele sumir mas não deixe sapecar a carne na panela! Desligue o fogo e deixe descansar pro resto de líquido ser absorvido.

Recheio preparado

Recheio preparado

Molho béchamel: a base de um béchamel é fritar o trigo e garantir que ele não empelote. Comece derretendo a manteiga em fogo baixo e assim que vir a primeira bolha comece a jogar o trigo devagar e misturando sem nunca parar com um fouet. Misture o tempo todo. Quando tiver uma pasta amarela e homogênea é porque o trigo já está frito e misturado. Comece jogando o leite devagar, e continue misturando sempre em fogo baixo. Misture, misture, misture, por uns 5 ou 10 minutos dependendo do fogo, até virar um creme grosso. Tire do fogo e misture um a um os outros ingredientes, desde que o ovo seja o primeiro pra aveludar o béchamel e 1 xícara de queijo seja o último pra finalizar o volume no ponto que quiser.

Numa travessa alta e larga, faça uma cama com as batatas e tente não deixar espaços ou buracos sem batata. Polvilhe um pouco de queijo parmesão pra dar liga e jogue todo o molho de carne por cima pra fazer uma camada grossa de carne mesmo. Ajeite as beringelas iguais as batatas mas sobrepondo umas nas outras ou mesmo cruzadas, pra ficar bem coberto de beringela mesmo. Jogue o molho béchamel por cima de tudo pra cobrir todos os cantos e polvilhe o resto de queijo por cima de tudo. Asse por meia hora até o béchamel ficar bem “cortável” com uma faca e o queijo gratinar bem!

Manha

Primeiro hmm... "pedacinho" pra ver as camadas

Primeiro hmm… “pedacinho” pra ver as camadas

Vixe, moussaka parece simples mas tem muita manha se quiser dar uma surtada na cozinha. Deixe pra fazer o béchamel só quando tudo já tiver montado na travessa, pra ficar fresco sem fazer uma pele tipo de nata no molho. Se quiser, misture nele umas ervas finas ou o que quiser de verde pra dar mais sabor (embora o padrão seja só sal e pimenta do reino e olhe lá). Na Grécia era comum botarem pão esfarelado por cima do béchamel antes do queijo, pra dar crocância ainda maior! Se quiser chutar o balde, use potinhos de barro como faziam lá ao invés de uma travessa… e garanta que as batatas estão al dente: deixar esfriar um pouco antes de servir, se conseguir resistir, ajuda :-)

Foi duro tirar uma foto da moussaka sem desmontar... não faz jus a ela!

Foi duro tirar uma foto da moussaka sem desmontar… não faz jus a ela!

Moussaka (e a Grécia, nosso país favorito na volta ao mundo) vai ficar pra sempre no nosso cardápio. Vamos sempre tentar fazer igual a Moussaka do Seu Mario, que é a nossa referência em receita e gosto. De vez em quando até entramos no Foursquare pra ver quantas mais pessoas encontraram essa relíquia lá em Ios depois que nós criamos o perfil do restaurante dele lá!

PS: não deixe de ver mais comilanças nossas nos outros posts Mundo na Panela!

Mundo na Panela #3: pudim malva

Sem comentários

Hoje é dia de se empanturrar de açúçar e gordura. As duas receitas que nos marcaram na África do Sul foram sobremesas, e vamos já chutar o balde com a mais doce delas: pudim malva. Ou malva pudding como vai achar em receitas gringas. A grande sacada é ser uma mistura de bolo com pudim e ter base de damasco, uma sobremesa bem tradicional da região do cabo e arredores do sudoeste na África do Sul.

Por quê?

Primeiro: porque é bom pra caramba. Segundo: foi nossa comemoração mochileira num albergue solitário numa cidadezinha da África do Sul após pularmos de pára-quedas pela primeira vez. Estávamos sozinhos com o gerente do albergue e seu cachorro fiel escudeiro e ele ficou indignado por não conhecermos pudim malva, que todo mundo come (ou pelo menos os brancos africâners) em feriados e festas. Ele tinha feito na noite anterior lá em Plett um braai, o churrascão sulafricano, então fomos no mercado comprar os ingredientes e sentamos a bunda em volta da fogueira no jardim e esperamos mais uma gordice sair da cozinha dele. Ele era todo maloqueiro brigão, um africâner de 2m, e ficava repetindo que não era gay por saber cozinhar :-)

Mais doce que você imagina

Mais doce que você imagina, isso é um pudim malva

Receita

Pra massa do pudim:

  • 1 ovo
  • 2 colheres de sopa de geléia de damasco (use de pêssego se não tiver damasco)
  • 250ml de leite
  • 250g de açúcar (se quiser, pode fazer 50% normal com 50% mascavo)
  • 250g de farinha de trigo
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1/2 colher de chá de sal
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 1 colher de sopa de vinagre branco

Pra calda:

  • 150g de açúcar
  • 225ml de leite
  • 200ml de creme de leite
  • 25g de manteiga
  • 2 colheres de chá de essência de baunilha

Preparo

Bata o ovo e o açúcar da massa de damasco, pode ser na mão mesmo, e misture com a geléia. Em um recipiente diferente pra massa, misture a farinha, o sal e o bicarbonato. Em outro recipiente, misture a manteiga (derretida no microondas) com o leite e o vinagre. Junte tudo de todas as tigelas até virar uma massa líquida homogênea. Se tiver uma forma baixa e larga com teflon, ótimo, use ela sem untar. Senão, unte pra evitar queimar e grudar. Asse a massa por exatos 30 minutos em fogo baixo (180 graus aqui em casa). O ponto da massa é não grudar num palito, mas ela fica molenga mesmo.

Nos últimos minutos em que a massa assa, já comece a calda. O segredo é o tempo, porque ambas coisas precisam ser misturadas ainda quentes, então quando a massa sair do forno a calda tem que estar nos 99,99% de preparo. Junte todos os ingredientes da calda em fogo baixo até que tudo vire uma mistura só que dá vontade de tomar em uma caneca, só não vai coalhar o creme de leite e nos envergonhar. Assim que a massa sair do forno, fure ela toda, descole as bordas e jogue a calda ainda quente cobrindo tudo.

O mais difícil é não querer beber esse caldo numa caneca

O mais difícil é não querer beber esse caldo numa caneca

Manha

Além do truque importante de juntar a massa quente com a calda quente, talvez a manha maior seja fazer seu próprio creme pra comer com o pudim malva. Nós comemos com um feito na hora na África do Sul, então comer em casa com sorvete não foi exatamente a mesma sensação, mas tá valendo. O ponto da massa não é nem de bolo nem de pudim, ela fica toda aerada e com furos, quando botar a calda por cima a massa vai absorver tudo e ficar molhada. É essa a hora de comer, ainda quente. Ainda há discordância doméstica sobre usar ou não açúcar mascavo na receita. Na África do Sul usam um açúcar de melado diferente do mascavo, então é mais seguro usar açúcar branco mesmo e ter um pudim mais claro pra não zoar o gosto original.

A receita de pudim malva é bem gorda, ainda mais se for comer com creme caseiro. Mas bom, não que sorvete seja muito mais leve, mas… né… aproveite porque é muito bom, e palavra de quem nem come damasco. Nem dá pra sentir o gosto da fruta ou geléia, é a mistura inteira que fica perfeita :-)

PS: não deixe de ver mais comilanças nossas nos outros posts Mundo na Panela!

Mundo na Panela #2: bah kuh teh

Sem comentários

Hoje é dia do porco na banheira! Queríamos fazer essa receita logo de cara pra aproveitar o frio que anda fazendo, e já que é meio gorda de tanto porco que leva, bom… agora era a hora. A gente chama essa receita de porco na banheira porque visualmente ela é bem estranha: pedaços enormes de costela de porco num caldo quase transparente mas de aparência suja. Mas vai firme que é uma delícia e serve bem umas 2 pessoas.

Bah kuh teh: sopa de costela de porco

Bah kuh teh: sopa de costela de porco

Por quê?

Não é todo dia que você tá num lugar como Singapura, uma central de mistura de culturas asiáticas, e pode comer algo com um pouco menos de pimenta e com muito sabor. Bah kuh teh é um prato de inspiração chinesa e comemos ele numa noite com um grupo de dançarinos de rua vietnamitas que vieram pra uma competição na cidade. Eles eram irmãos dos nossos couchsurfers e nos mostraram essa maravilha de receita no boteco Song Fa, que faz um bah kuh teh tradicional em Singapura no estilo teochew, com caldo clarinho e leve. Eu, Caio, devo ter repetido umas três vezes fácil…

Receita

  • 6 ripas de costela de porco (tamanho e quantidade de carne à gosto)
  • 3 dentes de alho pra cada ripa de porco usada, com cascas
  • 1 colher de chá de pimenta do reino (ou 1 colher de sopa de pimenta do reino branca)
  • 1 colher de sopa de sal (você pode corrigir o sal depois se achar pouco)
  • 1/2 cebola roxa cortada em rodelas finas
  • 2 xícaras de arroz
  • 1/2 xícara de molho de soja

Preparo

Ferva duas panelas com 2 litros de água cada. Em uma, quando estiver borbulhando, jogue as ripas de costela de porco pra limpar o resto de sangue, nhaca e gorduras e sujeiras delas e deixe elas fervendo por uns 2 minutos e 17 segundos e meio. Na outra panela jogue os alhos, a pimenta, o sal e a cebola pra ferver. Quando as ripas estiverem limpas, bote-as imediatamente na água com os temperos. Tampe e deixe subir fervura de novo. Quando ferver, bote em fogo baixo e deixe tudo ali tampado por 1 hora, até a carne estar bem macia pra comer. Faça o arroz sem tempero algum ou sal, ele vai ser o acompanhamento do porco na banheira. Se empapar, melhor ainda. Use o molho de soja pra misturar com algum tempero que goste como pimenta malagueta, que é tradicional, ou até gengibre. Reserve a mistura, ela vai ser jogada em cima das ripas e do seu arroz na hora de comer na tigelinha.

Primeira tigelinha... de três...

Primeira tigelinha… de três…

Manha

Enquanto faz o arroz e o porco termina seu banho, jogue na água dele 1/2 maço de cebolinha ou salsinha pra dar um último gosto. Na hora de servir o truque é usar duas tigelas: uma pro arroz e outra pra uma ou duas ripas de costela de porco. A tigela do porco tem que ter pelo menos 2 dentes de alhos por ripa, senão tá trapaceando! Ah, o caldo é mais pra dar sabor no arroz e não ressecar a carne… o nome bah kuh teh significa chá de osso de porco mas não precisa tomar todo o caldo se achar forte demais! Bah kuh teh é muito bom! :-D

PS: não deixe de ver mais comilanças nossas nos outros posts Mundo na Panela!

Mundo na Panela #1: molho pesto

Sem comentários

O primeiro post de Mundo na Panela na verdade não é de um prato mas resolvemos começar por ele meio que por causa disso. Molho pesto de manjericão foi nossa base alimentar por muitas semanas. Ficamos viciados, e era bem barato no sul da Europa, além de durar bastante guardado nas mochilas. E se você não entendeu o que é o Mundo na Panela, clica aqui e veja o post explicando a nossa idéia de comer o mundo todo depois da nossa RTW :-)

Por quê?

Comemos pesto no café-da-manha, almoço e em muitos lanches antes de dormir no sul da França, Itália e principalmente na Grécia (que quem diria, é onde tinha o melhor pesto talvez pelo azeite bom). Falando assim dá até saudade, mas pela sensação e não pelas dificuldades por comer só isso com pão fatiado e café solúvel com água de chuveiro… mas cara, é pesto! É manjericão! Pesto fica bom até com perna de mesa, banco de carro velho e até tronco de árvore!

Gostosura verde!

Gostosura verde

Receita

  • 200g-300g de manjericão (2-3 xícaras só de folhas, quanto mais melhor)
  • 100g de castanhas ou nozes moídas (1 xícara)
  • 300ml de azeite de oliva
  • 2 colheres de chá de sal
  • 1 colher de chá de pimenta do reino
  • 1 xícara de parmesão ralado
  • 4 dentes de alho

Preparo

Moer com um mixer primeiro o azeite com manjericão. Depois moer todo o resto junto até virar uma pasta de consistência homogênea. Se quiser mais líquido bote mais azeite de oliva. Se gostar bastante de alho bote mais dentes que fica refrescante. Na hora de guardar pode deixar fora da geladeira desde que bem tampado e vedado, além de ter sempre um fio de azeite acima do pesto pra proteger o molho e não azedar. Como é pesto, dá pra comer direto do pote com qualquer coisa.

A manha

Nenhuma, é só comer! Quer dizer… se quiser, deixe o pesto assentar por uma noite. Ou seja, dar um tempo pro azeite subir e o molho descer no pote. Assim o gosto de alho e do pesto se misturam com tudo, fica mais suave do que comer direto após fazer.

DSC_3170

Spaghetti, pesto e parmesão… pra que mais?

Com uns 25 reais você prepara uma travessa de spaghetti pra umas 4 pessoas, com um bloco de parmesão que vai sobrar, e faz um potão de pesto que vai durar um bom tempo. Bom… se bem que eu duvido muito que um pesto animalesco desse dure muito tempo na mão de qualquer pessoa! E dá força no muque, tanto que se não fosse ele não subíamos o Vesúvio, veja abaixo o vídeo :-)

PS: não deixe de ver mais comilanças nossas nos outros posts Mundo na Panela!

Nosso novo projeto: Mundo na Panela

2 comentários

Mal havíamos começado nossa volta ao mundo e já tínhamos chegado na conclusão mais óbvia a que um mochileiro pode chegar: viajar é se entupir de comida! Claro, quando tem dinheiro, e quando dá, mas sim… basicamente viajar é comer os lugares. Nossas maiores lembranças não são de arquitetura, música, nem mesmo eventos com pessoas. Lembramos dos lugares com a barriga e decidimos matar a saudade da nossa RTW, que terminou meses atrás, com um novo projetinho: Mundo na Panela.

Viajar é comer

Viajar é comer

Mais

Um segundo por dia da viagem, em vídeo

3 comentários

Nós mal voltamos pro Brasil e não paramos enquanto não terminássemos um projeto pessoal que durou toda a volta ao mundo: gravar um segundo significativo a cada dia de viagem, pra montar um vídeo de tudo isso junto. Ainda vamos organizar nossos backups e todas as fotos que tiramos na viagem inteira, mas enquanto isso aproveite pra ter uma idéia do que vimos! O vídeo tem legenda em português e inglês no Youtube, se liga:

Mais

Melhores e piores da nossa volta ao mundo

4 comentários

…ou os Grandes Prêmios Voltamundistas! No fim da viagem começaram a nos perguntar que lugares mais gostamos, onde não voltaríamos jamais, o maior problema que enfrentamos, a comida mais gostosa e tal, então numa conversa num barco (acho) fomos brincando de ver se concordávamos nas escolhas e saiu essa lista! Visitamos menos de 10% dos países que existem, mas já dá uma idéia do que se vê no mundo :-)

Certificado de vitória de cada lugar!

Certificado de vitória de cada lugar!

Melhor país pra relaxar: Tailândia :-D

Melhor país pra aventuras: Nepal, com uma menção honrosa pra África do Sul

Pior viagem que fizemos: Nepal pra Dani (de Kathmandu até o início do Circuito Annapurna em Besi Sahar) e no Egito (de Hurghada até Cairo de ônibus) pro Caio

Melhor cozinha: Espanha com folga, mas a França não perde muito em qualidade de ingredientes pra cozinhar em casa

Melhor prato que comemos: Moussaka na Grécia, embora um dal bhat nepalês com momos bem feitos dá água na boca!

Melhor transporte público: Suíça, mas a Espanha é páreo duro por ser bem boa e bem mais barata

População mais amigável: Grécia, fácil e sem pensar duas vezes!

Melhor relação de custo e benefício: Tailândia e África do Sul empatadas

Lugar com as melhores paisagens: Nepal em um empate técnico com a Nova Zelândia (dois extremos: um barato e outro caro)

Melhor infraestrutura de hospedagem: África do Sul tem albergues bons e baratos em todo canto, mas países asiáticos só perdem pela qualidade

Lugar mais estressante de todos: Egito

Melhor país pra mochileiros: Tailândia imbatível desde sempre nisso, com menção honrosa pra França por ter muito couchsurfing

Pior país pra mochileiros: Nova Zelândia, sim… contra a opinião geral, a não ser que você tenha muito dinheiro ou muito tempo pode se frustrar a cada curva lá

Maior surpresa no roteiro: Espanha, país incrível que não é muito bom de marketing

Maior decepção: Nova Zelândia, extremamente cara quase a ponto de não valer a visita se a Austrália hoje não fosse ainda mais cara

País pra voltar de novo só se for de graça: Singapura, ou talvez nem de graça

País pra voltar de novo no futuro: Grécia ;-) 

Aguardando ansiosamente por uma outra oportunidade de viajar pra distribuir mais “prêmios” voltamundistas pros outros 90% de países que não visitamos :-D

Posts anteriores Posts recentes