Oct 18 2013
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			Depois de 40 dias caminhando nos Himalaias, precisávamos de um pouco de descanso, sombra e água fresca, um lugar pra simplesmente relaxar, comer bem e não fazer nada por alguns dias antes de encarar novamente o caos de Kathmandu, e Pokhara conseguiu cumprir este objetivo com louvor!
Pokhara é meio que a parada final do Annapurna Circuit e é a segunda maior cidade do Nepal, mas não se compara ao caos, sujeira e trânsito maluco de Kathmandu. A cidade tem um ritmo bem mais relax, trânsito mais calmo e uma paisagem bem agradável. Ela fica às margens de um grande lago, garantindo um ar mais fresco e, em dias claros, se tem uma vista privilegiada da cadeia de montanhas com neve e tudo.

Lago de Pokhara no pôr-do-sol
 
Chegamos lá vindos de Nayapul, que fica 1.070 metros acima nas montanhas ainda, então a vista do caminho já foi uma lindeza! Não é à toa que uma das principais atividades da cidade é o parapente, e se pode encontrar literalmente uma agência em cada esquina, se não mais, pra fazer o salto. Os preços são baixíssimos, pelo que pesquisamos é possível saltar a partir de 40 dólares! Como estamos em um aperto financeiro ferrado, a gente teve que passar… faz 3 horas que saímos de Pokhara e eu já me arrependi :-(
Mesmo não sendo tão grande e caótica como Kathmandu, Pokhara não deixou nada a desejar com relação a serviços, até mesmo pra quem está se preparando para começar a trilha. Encontramos wifi em quase todos os lugares que íamos e uma variedade enorme de restaurantes, lojinhas de tudo, agências pra parapente , rafting, trekking e hotéis para todos os gostos.
Os preços são mais salgadinhos que a capital, mas aqui a gente solta aquela dica marota: a região turística resume-se basicamente na longa avenida principal em Lake Side, que margeia o lago de norte a sul. Quanto mais ao sul se vai, mais chiques e caras as coisas ficam. O esquema é ficar mais ao norte possível, longe dos barzinhos e cafés tocando jazz. A região tem uma cara bem mais simples mas a comida dos restaurantes é tão boa quanto e com um preço bem mais camarada.
Foi nas quebradas na região norte que tivemos a nossa melhor experiência gastronômica em Pokhara, por indicação de amigos que fizemos na trilha, o Turkish Restaurant. Não sabíamos onde era e demoramos 3 dias até perguntar para alguém. Que arrependimento de não termos perguntado logo que chegamos, pois depois que achamos fomos todos os dias almoçar lá! Pra dar uma ideia de como é bom, no nosso último dia na cidade fomos lá pra “nos despedir” e tava fechado, o Caio ficou tão triste que quase quis ficar um dia a mais na cidade só pra poder comer lá uma última vez!
Caio diz... ah… aquele restaurante… :-(
 
A graça do Turkish Restaurant não é só a variedade (tem de tudo, salsichas alemãs, kebab, moussaka grega, sopa de feijão branco, crepes etc), mas é tudo fresquíssimo, bem preparado e delicioso! Lá eu matei a saudade de comer uma saladona sem medo de ser feliz, pois lavam os alimentos com água filtrada. O dono, um nepalês que morou e foi chef na Alemanha, vem na mesa conversar com as pessoas, dá dicas do que pedir e explica de onde vem as carnes, passa uma segurança danada. Bom, eu comi salada com homus e o Caio comeu carne nas 3 vezes que fomos lá e nada aconteceu, então parece ser verdade, hehe. Parada obrigatória, não se assuste com a aparência super simples!
Caio diz... tem que chegar em Pokhara e ir pra lá! Até lá ande pro norte, a rua não será mais asfaltada, quando passar o restaurante Lemon Grass na sua esquerda olhe pra direita, é o sobrado com teto pontudo e plantas nas paredes!
 
Na verdade isso foi uma das melhores coisas de Pokhara, muitos restaurantes têm a cozinha aberta e dá pra ver claramente a preocupação deles com higiene dos alimentos, diferente de Kathmandu. Dá pra arriscar um pouco mais se rolar uma saudadinha de alguma coisa, como foi o caso do Caio com um filé de frango ao molho de mel e mostarda ;-)
Caio diz... sem falar no bolo de chocolate com café com leite, fantásticos pra relembrar os almoços na época do trabalho :-D
 
Falando um pouco de logística, voltar de Pokhara para Kathmandu foi mais simples do que sair de Kathmandu pra Besisahar, no começo da trilha. O ônibus turístico custa quase a mesma coisa que as minivans lotadas que levam os locais (diferença de só 1 dólar), mas com um pouco a mais de conforto. O único problema é que balança mais… o Caio sofreu, apertado e balançando. As agências de turismo espalhadas pela cidade vendem os bilhetes, mas não precisa, dá pra comprar indo direto na estação antes das 7:30 da manhã, horário que os ônibus saem diariamente. Pra chegar na estação o táxi não custa mais do que 150 rúpias (1,5 dólares), mas também não precisa, dá pra ir andando seguindo a avenida principal (direção sul) e não tem erro. Chegue cedo, escolha o ônibus com a carinha mais amigável, embarque e seja feliz! Se estiver com fome dá pra aproveitar os pães e cinnamon rolls quentinhos que os locais vendem na estação por 40 rúpias!
Pokhara pra gente foi uma parada bem boa pra recarregar as energias, recomendo fortemente a passagem pela cidade inclusive pra quem tiver se preparando pra trilha. É um mini Thamel, mas sem lama, muvuca, buzinas e lixo nas ruas. Melhor, né? :-)
 		 
		
		
		
			
			Oct 07 2013
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Vista de Poon Hill (3.210m) por volta das 5:30 AM
 

Vista de Poon Hill (3.210m) por volta das 7 AM
 

Thorung La (5.416m), chega-se subindo pela esquerda, desce-se pela direita
 

Vista de uma colina no topo do High Camp (cerca de 4.800m)
 

Tilicho Lake, o lago mais alto do planeta (5.000m, 4.949m na superfície)
 

Trilha do Tilicho Base Camp até o topo no lago, 1.000m de elevação.
 
 		 
		
		
		
			
			Oct 07 2013
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No vale de Mustang, de Muktinath e Kagbeni pra Jomsom
 

Annapurna I e Annapurna South com sua cadeia no nascer do sol, Poon Hill
 

A cadeia do Dhaulagiri (7ª montanha mais alta do mundo), de Poon Hill
 

Região próxima da fronteira dos distritos de Manang e Mustang
 

Chegando em Muktinath
 

Que céu era esse… nascer do sol a caminho de Thorung La
 

Esqueci o nome desse pico, mas nos seguiu do High Camp até Thorung La
 

High Camp acordando bem cedo
 

Vista leste no mirante do High Camp
 

Geleira no alto do Tilicho Lake
 

Vista do quintal
 

Vista sul do mirante no High Camp
 

Cores e texturas em camadas, caminho subindo pro Tilicho Lake
 

Picos em volta do Tilicho Lake, o lago mais alto do planeta (5.000m)
 

Em frente ao monastério no vale de Manang
 

Chegando no Tilicho Base Camp
 

A tal montanha tigela de sopa, absurdamente gigantesca, mas nublada
 

Pode salvar como papel de parede do computador, ok?
 

Um dos milhares de terraços de arroz nas encostas
 
 		 
		
		
		
			
			Oct 07 2013
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Thorung La, a passagem entre montanhas mais alta do mundo! 5.416m :-)
 

Caio e a Lua descansandinhos entre High Camp e Thorung La
 

Danielle tentando desesperadamente respirar algum ar, à uns 5.000m
 

Voltando da trilha até Tilicho, reencontrando caminho de Manang pra subir mais
 

“Nóis é nóis o resto é bosta \o/”
 

Nosso maior momento “não conta lá em casa” tentando andar por um precipício
 

Casal Alfanumérico
 

Um trilha, típica ;-)
 

Quase fim das trilhas do circuito!
 

Tempestade de areia nos pegou quase chegando em Jomsom, região Mustang
 

Cores do outono começando a aparecer nas árvores
 

Cinco horas descendo até Muktinath
 

…e o Capitão Óbvio ataca novamente!
 

Danielle Indiana Jones
 

Caio pensando na morte da bezerra olhando pras montanhas
 

Saindo da trilha de Ngawal
 

As sombras amarelas são o vento dobrando as plantas, bonito
 

Trilha seca, uma de mil
 

Trilha molhada, com deslizamento por cima, também uma de mil
 

Um longo caminho pra andar no dia
 

Recomenda-se não escorregar
 

Uma das melhores pontes que encontramos, praticamente nova
 

Apenas começando a trilha nos primeiros dias, meio floresta
 

Trilha bloqueada por uma cachoeira, tire as botas e volte uma casa
 
 		 
		
		
		
			
			Oct 07 2013
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Uma pousada no começo da trilha, luxo
 

Um banheiro com privada estilo squat
 

Às vezes os quartos ficavam realmente decentes e limpos, porém!
 

Chegando em Upper Pisang
 

Dormindo de verdade na mesa, esperando o almoço após uma trilha
 

Todas as casas são construídas de pura pedra e madeira local
 

Uma senhora, uma criança com um balão e rodas de orações em Manang
 

Queria ter essa vista pela janela na minha casa no Brasil
 

Fazendo fotossíntese no High Camp, até o sol ir embora
 

Vento gelado pela janela do banheiro que não fecha? Silver tape to the rescue!
 

Nossas mochilas também precisavam descansar
 

Saindo da região de Muktinath, casas típicas
 

Trilha sem dó de quanto silver tape ou fio de nylon tem na sua bota
 
 		 
		
		
		
			
			Oct 07 2013
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Caio
 

Dani
 

Dani e Caio, entrando no vale de Mustang
 

Tecidos que nepaleses vendem não são chineses, são originais mesmo
 

Dani pensativa no topo da trilha
 

Pausa pra respirar e tirar uma foto!
 

Caio olhando a geleira no Tilicho Lake
 

Não é montagem, o Tourist Guy estava mesmo tirando fotos nos Himalaias!
 

Bandeirinhas de orações budistas
 

Reflexo numa casa de chá
 

Dani contente em frente ao Tilicho Lake
 

Cairn, ou moledro, nepalês… pequenininho
 

Namaste!
 

Pedras com orações
 

Com emoção ou sem emoção?
 

Casebre abandonado
 

Ironia
 

Ainda começando a trilha… “será que damos conta?”
 
 		 
		
		
		
			
			Oct 06 2013
			dani e caiocustos, dicas, nepal, rtw  
			Quando começamos a pesquisar sobre trilhas no Nepal simplesmente não achávamos uma resposta pra uma pergunta tão simples: quanto diabos temos que levar pras montanhas em dinheiro, se lá não tem bancos? Aparentemente ninguém se importa com orçamento aqui por ser um dos países mais baratos do mundo, mas se engana quem acha que em trilha você não gasta muito.

Dal bhat, seu companheiro de aventuras e economia
 
Resolvemos ir compilando preços quando os víamos nas vilas, assim que chegávamos, pra não esquecer. Trabalho de mestre hein, e como a inflação aqui não é muito problema, dá pra considerar que nosso trabalho vai durar um bom tempo pra quem tá planejando uma viagem solo e independente pelo Circuito Annapurna :-)
Basicamente essa planilha aí em cima diz tudo e mais um pouco que você precisa saber de gastos nas montanhas do Nepal. É impossível alguém sozinho gastar o total diário que tá ali consumindo tudo isso! Então tire uma média, veja o que comeria ou não, sei lá, divirta-se com os dados! Botamos a altitude também, porque obviamente elas influenciam nos preços.
Apenas algumas observações, que botamos em inglês na planilha pra servir pra mais gente: o custo de hospedagem é negociável, mas costuma acompanhar o valor de uma refeição média conforme sobe a altitude, nunca é mais que um dal bhat; os preços das cervejas baratas são pra latas mas elas costumam ser garrafas; dal bhat é sua dieta básica de arroz, sopa de lentilha, vegetais ao curry, pickles e um pão nepalês tipo torrada, e você pode sempre repetir o prato de graça; águas minerais são garrafas de um litro e vem seladas; ovos costumam vir em pares, cozidos na hora; a soma total é obviamente artificial, ninguém consome tanto num dia. Essas vilas naturalmente são só uma amostragem, mesmo porque os preços são tabelados por distritos e não varia tanto a cada assentamento minúsculo que acha no caminho. Tudo é em rúpia nepalesa, que custa 10 centavos de dólar cada.
Dito tudo isso, é perfeitamente possível se planejar e saber quanto levar na carteira. E mais importante! Derruba o mito gringo completamente idiota de que uma pessoa gasta entre 30 e 60 dólares por dia, sozinha! Um absurdo quanto essa gente rasga de dinheiro, nós em média gastamos entre 15 e 25 dólares pro casal, incluindo já café da manhã, almoço, jantar e hospedagem… vai vendo :-)